Comunicação Não Violenta e a little Assertividade
- Newport BI

- 5 de set.
- 2 min de leitura
Como primeira postagem do meu Blog, achei legal trazer uma demanda que vem sendo bem recorrente no meu consultório: a dificuldade em impor limites, comunicar desejos e sinalizar feridas.
Desde o nascimento, os bebês se comunicam através de sons e choro, logo começam a balbuciar, quando a gente percebe já compreendem algumas palavras simples e num piscar de olhos estão emitindo sílabas simples e suas primeiras palavras.
Ou seja, num geral, nós já nascemos nos comunicando. Conforme vamos crescendo e socializando, nossa expressão é influenciada e moldada. E dependendo do ambiente que você tá inserido, essa moldagem pode ser tanto negativa quanto positiva.
É nesse ponto que a Comunicação Não Violenta (CNV) e a assertividade se tornam ferramentas cruciais. Muitas vezes, crescemos em ambientes onde aprender a expressar nossas necessidades de forma clara e respeitosa não foi encorajado, ou até mesmo foi desencorajado. Isso pode levar a uma dificuldade em impor limites saudáveis, comunicar desejos genuínos e sinalizar quando algo nos fere. O resultado? Relacionamentos tensos, frustrações acumuladas e uma sensação constante de não sermos ouvidos ou compreendidos.
A CNV nos ensina a olhar além das palavras e ações, conectando-nos com os sentimentos e necessidades universais que motivam cada um de nós. Em vez de culpar, criticar ou exigir, aprendemos a observar sem julgar, a identificar nossos sentimentos, a reconhecer as necessidades por trás desses sentimentos e, finalmente, a fazer pedidos claros e concretos. Essa abordagem nos permite expressar nossos pontos de vista de forma honesta e direta, sem violar a integridade do outro, promovendo um diálogo mais empático e eficaz.
A assertividade, por sua vez, é a ponte que nos permite colocar a CNV em prática no dia a dia. É a capacidade de defender seus próprios direitos e expressar seus pensamentos e sentimentos de maneira firme, honesta e apropriada, sem violar os direitos dos outros. Quando você aprende a dizer "não" sem culpa, a pedir o que precisa sem medo de rejeição, e a expressar desacordo de forma construtiva, você está não apenas fortalecendo sua autoestima, mas também cultivando relacionamentos mais autênticos e saudáveis.
Portanto, integrar a CNV e a assertividade em nossa comunicação não é apenas uma questão de "falar melhor", mas sim de construir uma base sólida para o bem-estar emocional e para relações interpessoais mais harmoniosas e satisfatórias. É um convite a nos tornarmos mais conscientes de nós mesmos e mais conectados com os outros, transformando desafios de comunicação em oportunidades de crescimento e entendimento mútuo.

Em anexo segue o material que criei para algumas de minhas amadas pacientes, espero que todos façam bom uso :)
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